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Golpe da biometria: saiba como evitar perder dinheiro e dados sensíveis

A biometria é um dos métodos mais seguros de verificação, mas golpistas já estão descobrindo como burlar esse segmento.

A biometria representa uma das maiores inovações em segurança digital dos últimos anos, pois utiliza características únicas de cada indivíduo para autenticar transações e acessos. Impressões digitais, reconhecimento facial e até leitura da íris fazem parte desse conjunto de tecnologias.

Ao contrário de senhas tradicionais, que podem ser facilmente esquecidas ou roubadas, os dados biométricos carregam singularidade e tornam o processo de identificação mais confiável. Por isso esse sistema tem sido amplamente adotado.

Além disso, bancos e empresas adotaram a biometria como recurso essencial para oferecer conveniência aos clientes, já que elimina a necessidade de múltiplas senhas e agiliza operações financeiras. No entanto, justamente por seu valor, esse recurso também passou a ser alvo constante de criminosos especializados.

Se você costuma usar a biometria, é bom tomar cuidado para não cair em golpes.
Se você costuma usar a biometria, é bom tomar cuidado para não cair em golpes. / Fonte: rawpixel / Freepik

Como o golpe da biometria funciona?

Criminosos encontraram na engenharia social um meio eficaz para explorar a confiança das vítimas e roubar dados biométricos. Eles se passam por representantes de instituições financeiras e utilizam informações pessoais coletadas em redes sociais ou bancos de dados vazados para criar legitimidade.

Com esses dados, convencem o usuário a fornecer impressões digitais ou reconhecimento facial em situações que parecem seguras, mas na verdade alimentam sistemas fraudulentos. Essa prática já foi registrada em diversas cidades do país, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro.

O mecanismo do golpe pode ocorrer por diferentes canais de comunicação. Muitas vezes, os fraudadores usam ligações telefônicas para se apresentar como funcionários de bancos e pedem validação de informações por meio de selfies ou impressão digital.

Em outros casos, enviam mensagens no WhatsApp com links que direcionam a páginas falsas, onde a vítima é induzida a confirmar sua identidade. Até e-mails com logotipos e linguagem visual idêntica às de instituições financeiras entram na estratégia para reforçar a credibilidade da fraude.

A gravidade do problema está no fato de que dados biométricos não podem ser alterados como senhas convencionais. Uma vez roubados, esses dados podem ser usados em múltiplas fraudes financeiras, ampliando os prejuízos das vítimas.

O alerta emitido por bancos como o Itaú Unibanco demonstra a necessidade de atenção redobrada, já que criminosos estão cada vez mais criativos em suas abordagens. Dessa forma, entender como o golpe funciona torna-se essencial para adotar medidas de prevenção eficazes e evitar danos irreversíveis.

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Como se proteger do golpe da biometria?

Para reduzir os riscos e manter a segurança, especialistas recomendam atenção constante e adoção de práticas simples no dia a dia. Confira cinco medidas indispensáveis:

  • Forneça dados biométricos apenas em canais oficiais, verificando sempre se o acesso ocorre por aplicativos ou sites autenticados da instituição financeira.
  • Desconfie de promoções, brindes ou ofertas que exijam validação biométrica, pois esse é um recurso exclusivo de autenticação bancária.
  • Em caso de dúvidas, entre em contato diretamente com o banco por números de telefone oficiais ou pelo aplicativo autenticado.
  • Caso perceba tentativa de fraude, bloqueie imediatamente sua conta e registre boletim de ocorrência em uma delegacia especializada em crimes digitais.
  • Guarde registros das interações, como prints e mensagens suspeitas, pois esses dados podem servir como provas em investigações.

Essas medidas, embora simples, reduzem significativamente as chances de cair em golpes. Criminosos exploram situações de pressa ou desatenção, portanto, manter uma postura desconfiada em solicitações inesperadas é fundamental.

Adotar boas práticas de proteção também contribui para fortalecer a segurança do sistema como um todo. Quando os usuários rejeitam tentativas fraudulentas, os criminosos perdem espaço para agir. Assim, a prevenção não protege apenas o indivíduo, mas também reforça a integridade do mercado financeiro.

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Cadastro biométrico ainda é seguro

Apesar dos riscos relacionados às tentativas de fraude, especialistas reforçam que a biometria continua sendo uma das formas mais seguras de autenticação disponíveis atualmente. O problema não está na tecnologia em si, mas na manipulação psicológica das vítimas.

É isso que faz com que elas entreguem voluntariamente os dados em ambientes não confiáveis. Ou seja, a biometria mantém sua robustez como recurso de segurança, desde que o usuário a utilize exclusivamente em canais oficiais e reconhecidos.

Especialistas explicam que uma pausa crítica pode salvar o usuário de golpes. Refletir antes de aceitar solicitações incomuns ou urgentes é essencial para evitar decisões precipitadas. Além disso, sistemas de reconhecimento facial e digital passam por constantes atualizações, o que dificulta a ação de fraudadores.

Portanto, o cadastro biométrico permanece confiável e eficiente como camada de proteção. A chave está em compreender que a tecnologia não substitui a vigilância individual. Bancos oferecem ferramentas robustas, mas o comportamento consciente do cliente ainda é determinante para manter a segurança.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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